Não vou me ater a ordem cronológica, apenas como dizem,...desopilar com o que vier na mente e escrever conforme for chegando...Era apenas mais um daqueles dias durante uma semana de verão no Rio de Janeiro, havia parado de treinar (jogar) Basquete, depois de algumas desilusões e estava querendo apenas procurar outra coisa para fazer e de preferencia que fosse menos regrada. Ia para casa do Marcelo Mendes que era muito meu camarada (depois encontrei ele algumas vezes mas era como se fossemos estranhos) e lá era um grande futuro guitarrista, cheio das artimanhas do solo e tal, fazíamos musicas, ensaiávamos com o que tocava na rádio normalmente, Barão Vermelho era um dos que mais rolava, recentemente assistimos o Filme Bete balanço e foi o máximo. A ideia era formar uma banda e os sonhos de todo adolescente que gostava de Rock, isso era sempre...saíamos juntos mas o Noel, Tcheco, Léo e as vezes ficávamos numa rua na barão do Bom Retiro, na porta da casa de uns amigos (falecido Açuquinha) onde rolava um violão e tal, mas eu sempre queria ver mais, ver o mundo, viajar. Certo dia a Radio Fluminense já era sucesso e começava com seu jabazinho, mas ainda colocava as boas bandas de inicio e revelava algumas undergroud, foi ai que inauguraram a Estácio FM, que vez por outra fazia shows lá no Rio Comprido e como o Rock Brasil estava no auge as bandas vez por outra apareciam lá e depois de um Show do Ira! (que foi sensacional!!) em que uns caras ficaram fazendo aquela dança (??) de corre e pular uns encima dos outros e o Nazi, vocalista grita entre o refrão de Núcleo Base..."Eu tentei fugir, não queria me alista...Eu quero lutar, mas não com esses babacas..." se referindo a eles, os "dançarinos", foi que anunciaram programa que mais à frente tentarei recordar onde também tocava o Rock Brasil e que teria um "quadro" em que você ia lá e fazia uma espécie de karaokê com a banda que quisesse, tava à tarde havia um brinde que não lembro, ai liguei e ganhei o brinde e tinha que ir buscar e cantar, isso era fácil para mim, lá na hora falamos de várias coisas, esqueci o locutor mais lembro bem da Kátia Moraes que participava (apresentando) o programa e também cantava num daqueles novos grupos dos anos 80, "O espírito da Coisa" (Mamãe eu acho que estou ligeiramente Grávida!!!...), a Legião Urbana estava bombando nas Danceterias e Lugares Alternativos, eu ouvia Barão, Azul29, Ira!, voluntários da Pátria, Violeta de Outono, Led Zepellin, Smiths, Police, Eco And The Bunnyman e etc...ela (Kátia) sugeriu O Raggae da Legião Urbana, já havia ouvido algumas vezes, conhecia a Legião mas nunca havia cantado lá com os amigos, nas rodas de violão, mas como a musica era fácil "mandei brasa". Ao final ela pede meu telefone e pede aos ouvintes que tinham banda e precisassem de volcalista que poderiam ligar para o meu número. No inicio fiquei meio aterrorizado, e foi dificil. Ao final a Kátia (Espirito da Coisa) me convida para assistir o show do espirito da Coisa no Teatro Ipanema, o aue foi sensacional o formato teatral , lembro o Baterista com uma faca "enterrada na cabeça"...sensacional!
Enquanto isso seguia minha vida ouvindo The Smiths e The Clash...muito Clash....a banda que mais me influênciou, tiveram outras muito soul Rhytthm Blues e tudo que podia se ouvir numa familia grande onde se ouvia de tudo. Mas o Clash foi meu divisor de águas, pois tocar com o E.L & P, Yes, Led Zepellin, Cream, Hendrix, Miles Davis, Bacamarte, B.B Rio e etc....muitas outras coisas era impossivél ainda mais que para aprender teria que ter instrumento e isso era coisa dificil de ser ter, principalmente um de qualidade o que dificultava tentar tiocar vários que não estivessem à disposição em casa ou outras situações...O Violão foi minha opção mais "fácil" então comecei com um do meu pai que tinha apenas 2 cordas e eu dava um jeito de tirar um som...e a coisa foi indo, ouvindo tudo, toda hora até que conheci uns amigos (Marcelo Mendes, Tcheco, Noel e o Leo Trovão) ai fui vendo o que cada um ia fazendo e pergunta dali e daqui...até que fui desenvolvendo meu próprio estilo. Foi então que apareceu para mim o The Clash que era melhor que muita banda Punk, pois tinha ritmo, letra, melodia e energia...muita energia e drogas...era pura atitude...enquanto isso o Legião tocava nas rádios alternativas... foi num desses final de tarde de monotonia que recebi uma ligação do Marcos Banana, me convidando para fazer parte de uma banda que à principio chamava-se "Sigilo Absoluto" (asgh!) e fui ver qual era a dos caras...soube que antes quem cantava era uma menina (Stella) e claro todos queriam comer....mas Banana o mais doido entre eles até eu chegar...disse que aquele negócio de Kid Abelha era coisa de viado e tal...e o lance era mudar tudo...rsss...não lembro muita coisa sobre o primeiro encontro, mas perguntarei ao Rodolfo (Bragantini), o fato é que logo mudamos o nome e escolheram Opinião Pública, carinhosamente batizada pelo meu irmão Jorge de O.P. ai a coisa começou...